12 de agosto de 1992

Queria que você se olhasse como eu te olho. Desde quando a gente tinha uns 15, 16 anos. Faz um bom tempo e você continua maravilhosa, divertida, com o abraço mais gostoso e cheiroso que me lembro.

Você sempre me escutou. Ouvia minhas neuras, desabafos e piadas sem graça. Era minha companheira nas aulas de educação física, foi a shows comigo, dividiu cobertas, assistiu quase todos os clássicos da Disney. Fizemos brigadeiro com bolacha maria e também bolo e macarrão. Já fomos modelos, atrizes e dançarinas. E eu podia realmente ser eu mesma quando eu estava com você.

A gente cresceu juntas. Na maior parte do tempo uma do lado da outra. E agora vamos seguindo juntinhas e ao mesmo tempo separadas.

Eu queria dizer que me orgulho demais de você. Que você é um dos seres humanos que eu mais amo e admiro na face da terra. E eu fico feliz demais por cada conquista sua. E que tá tudo bem. Mesmo com tantos questionamentos e crises. Esse mar revolto e essa viagem, aparentemente sem destino, vão se acalmar, vão se acertar.

Toda vez que eu converso com você eu me sinto mais leve. Porque você me ajuda a entender o que por vezes não consigo entender sozinha. E eu queria dizer que eu também estou aqui pra isso. Pra deixar tudo mais tranquilo e sereno - apesar do meu jeito meio explosivo.

Isso era pra ser uma carta só pra você. Mas achei que o mundo todo deveria saber e se lembrar que você é uma mulher linda, maravilhosa, companheira e que se preocupa com a felicidade de todos. 

Te amo. Obrigada por dividir essa jornada comigo. 

P.S.: nossas versões adolescentes tão achando a gente foda pra caralho! 

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